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Suspeita de participar dos conflitos ocorridos no último sábado dentro e fora de São Januário, que culminou com a morte de um homem, a torcida organizada Força Jovem do Vasco é a que possui mais anotações no Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
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Semana passada, antes do episódio ocorrido na partida entre Vasco e Flamengo, pelo Brasileiro, o TJ-RJ disponibilizou ranking de afastamento de torcedores desde 2015, em que a principal organizada vascaína apareceu em primeiro lugar, com 55 membros proibidos de frequentar praças esportivas.
De acordo com o levantamento, o número de torcedores da organizada afastados é maior do que a soma dos membros das principais organizadas de Botafogo, Flamengo e Fluminense na mesma situação (48).
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Presidente da Comissão Judiciária de Articulação dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais em Eventos Esportivos, Culturais e Grandes Eventos (CEJESP), o desembargador Mauro Martins ressaltou que a violência não é exclusividade dos vascaínos.
— Todas as torcidas organizadas registram índices de violência inaceitáveis. Todas elas possuem um viés muito ruim. Não devemos estigmatizar uma ou outra depois de sábado — destacou Martins.— A solução deve ser tomada para todas. Mas é evidente que o que aconteceu em São Januário foi muito grave.
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Desde que começou a atuar, em 2003, o Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ultrapassou a marca de 1.565 transações penais (quando o infrator recebe pena não privativa de liberdade em troca da pena alternativa), 253 prisões e 486 pessoas afastadas por envolvimento em confusões nas partidas.
O grande problema, desde então, tem sido efetivamente cumprir essas ordens de afastamento. Para o desembargador Mauro Martins, a identificação biométrica desses indivíduos afastados seria a melhor maneira para resolver essa questão.
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— A Justiça hoje determina o afastamento, mas não temos ferramentas para fiscalizar isso. A biometria seria uma delas. Temos de tentar essa alternativa. Atualmente, afastamos o torcedor e, depois de dez dias, ele está de volta ao estádio. Exigir esse controle da polícia não é o melhor. A polícia civil já tem várias questões para resolver. O controle tem de ser feito no acesso ao estádio — acredita.
O desembargador ainda explicou que apesar da Força Jovem do Vasco estar vetada de frequentar os estádios, essa proibição se aplica apenas à instituição, e não aos membros que a compõem. Na prática, a torcida organizada segue frequentando os estádios, apenas sem portar bandeiras, camisas, faixas ou qualquer outra coisa que a identifique.
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RELAÇÃO COM OS CLUBES
Tanto é que integrantes da organizada postaram fotos nas redes sociais em um camarote de São Januário, no que seria a inauguração do espaço reservado para a organizada. De acordo com o desembargador, a relação dos clubes de futebol com as organizadas precisam ser investigadas pelo poder público:
— Essa relação muito estreia entre clubes e organizadas precisa ser alvo de investigação. Flamengo e Fluminense afirmam que não possuem mais vínculo com elas… isso é o que eles dizem. Vemos constantemente antes dos jogos integrantes de torcidas organizadas vendendo ingressos para a partida. Como eles têm acesso a essas entradas? Essa questão é muito complexa.
Fonte: O Globo
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